quarta-feira, 15 de maio de 2013

A Sina

A sina de guerreira.
Ser guerreira.
Eu não pedi para ter que usar uma armadura,para não ser ferida em combate.
Aos 6 anos de idade com a partida de meu pai.
Tive que no meu subconsciente enfaixar meus seios e ir para a guerra.
Cresci sendo cuidada por uma casa apenas de mulheres.
Reclamo não!
A sina de guerreira já me apontava ali no começo das primaveras.
Entender que eu teria que me defender sozinha.
E isso foi ótimo para consciência de mundo hoje.
Em uma sociedade machista e patriarcal.
Sempre busquei ser mais feminina.
Mas pra quê?
Para quem?
Para suprir essa armadura que tinha já embutida nos meu poros.
Anos depois na lira dos 20 anos,aprendi a ser guerreira de espada e tudo.
Passei por um desafeto,uma decepção amorosa que me levou quase a loucura.
Eu tão nova acostumada com tudo,até com o fator de estarem entre pernas minhas.
Fui surpreendida por um rapaz, que me agrediu psicologicamente
Desde então eu que ia para o combate.
Me armei dos pés a cabeça para não ser mais assim invadida.
Não deixei de buscar o ato de amar.
Mas nunca repousei nos braços de um homem como donzela.
Que bom!
Mas sinto falta de ser desarmada.
De receber um abraço,um acalanto sem precisar pedir.
Sempre estive a frente das próprias razões.
Não choro em público.
E se choro logo me arrependo e me fecho dentro da armadura da guerreira.
Dói!!
A noite às vezes procuro razões de entender essa sina.
Me dada desde pequena.
Em tempos de Guerra.
Enfaixo meus seios e vou para a guerra.
Quem nasceu com sina de guerreira nunca vai repousar um dia no acalanto como donzela.


ass: Mar Santiago

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