domingo, 30 de outubro de 2011

Quando Pequena!

Quando pequena, tinha medo de trovões.
Durante muito tempo me escondia debaixo dos lençóis,esperando que o temporal passasse.
Mas ainda quando pequena gostava do gosto da chuva na ponta da língua.
E me deliciava ficar horas no escuro.
Como é bom.
Pensar nessas miudezas....
Sentir cheiro de terra molhada.
Ah quando pequena.

ass: Mar Santiago

sábado, 29 de outubro de 2011

Medos

Então!
Voltei para minha solidão!
As flores que brotam no meu vestido não são mais a mesmas.
São belas porém não as mesmas.
Cada primavera é unica.
Como cada pessoa que passa por mim,dentro de mim é única.
Então!
Senhor das lembranças desagradáveis em dia de solidão!
Voltei a ser só!
Não quero pensar nisso agora!
Pois acho que posso me entristecer!
Dá solidão entendo.
Do desapego tento entender!
Do evitar certas coisas ainda dói.
Não sei ficar só.
Ainda tenho medo!

ass: Mar Santiago

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O ser Artista

Do tempo todo que tive.
Do tempo todo que tenho agora.
Do tempo inteiro que terei.
Me declaro hoje egoísta com o meu próprio tempo.
Ao contrário do que acham.
Não acho ruim,digo isso francamente.
O tempo que é utilizado
Precisa ser útil fato.
Não pode ser desgastado com promessas tolas,amores desnecessários,problemas de miudezas.
Meu olhar tem que ser franco,de formiga e certeiro.
Não tenho outra oportunidade para provar o quanto me tornei mulher.
O quanto o tempo foi generoso ou desastroso com meus sonhos.
Quando criança,olhava as cores na janela.
E nenhum momento pensei que me tornaria artistas de tantas.
E nenhum momento achei que fosse fácil.
São exatamente 23 anos depois,de perdas e conquistas que começo me intitular dona do meu nariz.
Sim estou partindo para a liberdade total.
Sabemos bem que, não utiliza-la de uma forma continua,
Não curte o gozo até o final.
E afinal de contas, declaro: "Eu quero me molhar por inteira do prazer, de ser responsável pelo que o que cativei".
Ser artista é uma escolha,um caminho ao qual tem que ser renascido todos os dias.
Pois se não tornar-se burocrático.
Ai perde-se o encanto das delicadezas,do ato de escolher.
São 23 primaveras.
São 23 anos afirmando para o que vim, neste mundo.

ass: Mar Santiago

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Meu bem!

De fato não entendo mais.
Qual o caminho que percorre a ausência.
Já se fez tão distante e longe.
Que não se tem motivos de ter!
Então decido por hora depois de uma conversa longa e produtiva!
Quem não quer mais sou eu!
De fato não vou entender tão pouco compreender qualquer lógica de ausência tua!
Tão pouco buscar respostas.
Meu bem quando decido,decido!
Bom siga o teu caminho sigo o meu de agora em diante!

ass: Mar Santiago

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Do Peito Dilacerado de Saudades

Acordar de madrugada sem teu corpo junto ao meu.
É estranho.
Nesses momentos que penso:
Dou conta que gosto!
Na hora que já foi embora.
Não ter o corpo quente por cima do meu.
É desconsolo do corpo meu.
Nu na cama sem os lençóis e tuas coxas.
Nesses momentos que penso:
Você não deveria ter ido embora!
Dei conta que gosto!
Meu peito frouxo!
Agora dilacerando de saudades do teu corpo!

ass: Mar Santiago

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Por teus Olhos

Eu...
Eu...
Escrevo.
Queria tanto um beijo seu para com plenitude da escrita.
Eu queria pegar no sono no teu colo.
Vem...
Vem...
Mãos deslizando nas coxas.
Corpos Nus!
Bocas.......
Eu...
Com olhar fixo arrogante e doce.
Observando-o.
Ali me desejando.
Ali...
Enquanto escrevo.
Me sinto sendo observada por teus olhos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Hora Exata 3:15 da manhã/ Um Corpo sem Outro.

Mando e me arrependo.
Viro e mexo na cama.
Está faltando algo.
Um outro corpo talvez.
Um outro.
Peso sobre o meu.
Meu cansaço meu descompasso.
Meu corpo fora do compasso.
Fora do teu corpo nú em cima do meu.
A mensagem que eu espero, a resposta.
E não chega.
mando,remando e me arrependo.
Acordo 3:15 da manhã sem saber que cama estou.
Estou só na cama.
Ainda estou só.
Eu ainda continuo só

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Os pés

Sinto que me falta um pedaço.
Meus pés não estão me acompanhado.
Crise no momento das escolhas feitas.
Não que tenha arrependimentos.
Mas falta um pedaço grande até das minhas antigas escolhas se fundiram com estas.
sINTO Saudades.
Falta Falta.

ass: Mar Santiago

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

No caminho de volta para casa,ainda penso.
Gostar às vezes doe demais.
Tem horas que faz bem.
Outrora perturba o sono.
Na janela do ônibus vejo a cidade agitada.
Meu pensamento está ainda mais caótico que o trânsito.
A garoa fina embaça o vidro.
Minha visão está deturpada.
Enquanto volto penso o quanto é difícil ser humana.
E o quanto ainda sou a menina mimada de sapatos vermelhos batendo o pé.
Pois não fizeram meu caprichos.
As poucas lágrimas são mais caprichosas que o normal.
O quanto é dificil ser adulta.

ass: Mar Santiago

domingo, 16 de outubro de 2011

Diálogos de Janelas/ Talvez o último!

E hoje teu cheiro veio.
Inconfundível perto do pescoço.
Como um beijo em forma de vento.
Penetrando nos poros, perturbando os pelos do braço .
Falando próximo ao meu ouvido.
E meus lábios querendo os teus.
Esqueci que nossos diálogos não podem ser feitos na presença de todos.
Depois que recebi uma bronca, sei que não devo mais dialogar contigo.
Essas nossas conversas de janelas que só nos sabemos o que é.
O que é olhar no teu olhar encostar um pouco e ficar bem.
Ah menino bobo.
Que hora imprópria de perceber que gosto de você.
Que hora desorientada para entender isso.
E teu jeito veio ainda mais manso e lindo de ser visto.
Como isso pode acontecer?
Da maneiras mais louca.
E imprevisível.
Ei menino Bobo.
Acho que depois de tudo que nos aconteceu já.
Esse é nosso último diálogo de janela.

ass: Mar Santiago

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O Último Olhar Para o Pássaro dos Olhos Negros)

E assim foi.
Entre uma ciranda e outra que suas mãos me abandonaram.
As fitas do estandarte nos separam.
Entre uma multidão de pessoas.
Havia tantas cores.
E eu via de longe,pares de olhos negros me observando.
A multidão me cercando, me levava para longe de ti.
Eu remando contra a maré;para chegar perto.
A ciranda cada vez mais calorosa.
As cores e flores das vestes dos que me rodeiam; me confundem.
Eu desesperada procuro teu olhar.
Procuro um pássaro de olhos negros entre um mundaréu de gente.
Ah! Meu vestido ensopado, a chuva que não sossega.
Meus olhos te procuram, te acham e te perdem.
Finalmente minha mão encontra teu rosto.
Que alivio!
Meu Pássaro de Olhos Negros.
Quanta procura! Tanta saudade!
Ele apenas olha a Menina tola de sonhos desvairados.
Aperta sua mão com os corpos distantes.
Aponta seu novo amor para que a menina veja.
E lhe diz: Prazer em reve-la.
Fique bem!
Ele se afasta e desaparece entre as cores.
A ciranda agora se torna cinza.
As flores das vestes murcham.
Uma lágrima escorre,é a primeira vez que sente o sal que tem gosto de despedida.
A menina repete tantas vezes, para si mesma:
Ao menos um abraço,como tantos outros tivemos.
Ele não foi capaz de conceder.
Ao menos um olhar de carinho,por todas as fitas coloridas que guardamos.
Ela caminha em direção a porta.
Sente o gosto da chuva se misturar ao sal das lágrimas.
E diz:
Eu não me arrependo de como terminou.
E sim no que você tornou.
Lança em uma correnteza.
Que se forma na frente dela.
Uma fita que ganhará do seu pássaro,no primeiro encontro.
Murmura soluçando baixinho.
Adeus!


ass: Mar Santiago

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Próxima Estação

Eu queria mais diálogos de janelas.
Desses que ficamos voltando horas em um mesmo assunto.
Eu queria me perder de vez nos teus olhos.
Eu queria de vez te assumir.
Assim sem muitos problemas.
Eu queria ter tido a coragem.
De dizer que meu menino bobo.
É o meu dialogo de janelas.
Que me perco quando ele passa.
Quando me beija.
E quando brigamos.
Eu não quero perder as poucas oportunidades de te dizer a verdade.
Volta.
A próxima estação é a minha.

ass: Mar Santiago

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Eu 2

E se eu sentir saudades.
E se quiser ficar.
E se tudo não passar de um devaneio?
Como as expectativas conseguem nos travar,ao ponto de desejarmos igualdades.
Não digo igualdades que fortalecem.
E sim de atitudes e pensamentos.
Entende.
Pois se você deseja alguém igual a você, compre um espelho e carregue consigo.
As perguntas,indagações,divagações não colaboram com os encontros.
E se...
É muito vago.
E se é futuro.
Não aconteceu ainda.

ass: Mar Santiago

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Eu

Eu entendo.
Eu apoio.
Não significa que eu concorde!
Eu compreendo os medos.
Desejos,loucuras até.
Mas não quero compartilhar entende.
Me faz mal não ser nem um pouco correspondida.
Pensada.
Lembrada.
Eu tenho muitos amores.
Mas quero um aconchego desses que duram horas,dias,uma eternidade toda de minutos longos.
Entende?
Acho que não pois se sim.
Teria me dado resposta.

ass: Mar Santiago

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Devolve.... A Saga Diálogos de Janelas

Me devolve.
Diz a menina olhando para o menino bobo.
As coisas mais belas que já me disse.
Sinto você tão longe e tão perto.
Se pudesse ficaria no teu colo.
Até as bocas se encontrarem.
Olhando teus olhos.
Olhando o quanto a cada dia me apaixono por você.
Mesmo sabendo que não deveria.
Em atos seus tão pequenos.
Eu o admiro.
Eu imagino tanto como seria o seu beijo.
Acredito que eu o roubaria.
Assim de surpresa.
Como em uma brincadeira de criança.
Meu olho inocente e febril te olha.
Me devolve.
Aquele aconchego todo.
Deixa eu me perder em teu corpo.
Assim sem querer.
Assim nas qualidades nomeadas enquanto conversamos bobagens de janelas.
Te gosto tanto menino bobo.
De olhar doce penetrante.
Que me faz ficar sem palavras.
Eu.
Menina aboletada em um corpo de mulher.
Que percebo a cada dia.
Me devolve.
Ou me tenha.

ass: Mar Santiago

Vezes

Não sei o que se passa.
Meus atos parecem fora do contexto.
Sou desenfreada.
Às vezes anormal.
Dentro da normalidade de um senso comum.
Em alguns momentos sou julgada.
Por atos que nem cheguei a fazer.
Por sensações causadas que nem sei como aconteceram.
Sou julgada às vezes por ser eu.
Menina.
Outrora mulher.
E algumas vezes vista com maus olhos.
Me sinto Geni do Chico.
Fora do meu corpo cheio de desejos.
Ainda sim sou humana.
Não sei o que se passa.

ass: Mar Santiago

domingo, 9 de outubro de 2011

Deixe

O caminho que você escolhe essa noite.
É sem arrependimentos.
Sem pensamentos.
Deixe que o corpo conduza.
Desmanche a idéias de escolhas.
Remeter a dores.
O caminho que você escolheu essa noite.
É apenas diferente do meu.
Nada além disso.
Meu bem.
Nada além.

ass: Mar Santiago

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Noite antes da estréia!

Em uma noite.
Antes da Estréia.
A primeira vez que meu nariz tomará conta de um palco.
Enxergando,Respirando,Alimentando-me por ele.
As emoções que passam pela minha cabeça são tantas.
Não sei nomear.
Dar conta do seu próprio nariz.
Quantas indagações não passam pelo corpo às vezes frágil.
Moço.
Mais forte e sagaz quando necessária.
Aqui dentro tem uma energia incontrolável.
Aqui tem alguém que tem prazer em assumir seu nariz.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Diálogos de Janelas. Parte II

Hoje não foi um dia qualquer.
Me peguei de fato te desejando.
O teu cheiro,a pele,os lábios,as costas largas.
O jeito delicado bobo, áspero engraçado de ser.
O toque o olhar.
Calma aí!
Eu não estou louca, seus lábios desejam o meu.
Mesmo que seja por milésimos de segundos.
Seu abraço de querer mais.
Os corpos conversam.
Enquanto nossas bocas e olhos estão compenetrados.
Nossos diálogos de janelas.
Só nós podemos compreender.
As indiretas, os raciocínios invertidos.
Ah menino meu corpo hoje queimava pelo seu.
Minha boca desesperada fugia.
Meus olhos nem adentravam aos teus.
E as estações rompiam nossos silêncios e minha vontade de ter um pouco mais.
Você já foi apaixonado?
Eu tenho um pensamento único.
E você?
Quero abraçar o mundo não tenho foco.
Energias distintas que se atraem.
Estação....
Ana....
Tenho.
Sim.
Sei.
Até.
Ah......
O dialogo para continuar é interrompido com o fechar das portas.
A boca sente como se quase tivesse acontecido.
Mais logo se depara com as diferenças.
E lembra são diálogos de janelas.


ass: Mar Santiago

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Sou....

Sou por inteira água, me desfaço,me renovo, e ganho espaço.

ass: Mar Santiago

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Um café

E sua mensagem.
Chega no momento exato da minha solidão.
Do meu querer.
Você aparece no momento preciso para que as coisas aconteçam.
De fato.
Minhas noites mal dormidas.
Me consolam com o trabalho exercido agora.
Como quero partilhar contigo meu crescimento.
Meu saber escutar.
Saber...
Posso tomar um café e ser uma eternidade ao teu lado.
Uma eternidade.

ass: Mar Santiago

domingo, 2 de outubro de 2011

Aí veio a Crise...

Um domingo chuvoso.
Atravessar a cidade.
Para um ensaio no domingo.
Retornar.
Ainda não.
Ver a chuva que desaba sob São Paulo.
E estar sentada vendo um espetáculo.
De inicio confuso.
Mas logo depois a Crise.
Revela-me tudo que quero defender enquanto palhaça.
Todas as dúvidas que tive no ensaio me são esclarecidas horas depois.
Retorno a minha pequena cidade sentindo;que amanhã começa uma longa semana de descobertas.

ass: Mar Santiago

sábado, 1 de outubro de 2011

Noites de Insônia de Mar Santiago



Uma noite.
Depois da chuva.
Eu no quarto,só.
Completamente.
Apenas eu e o teclado do computador.
Noite adentro.
Escrevendo e relatando os dias de insônia.
Mãos frias.
Pensamento solto.
Querendo um beijo.
Que venha junto com ar frio que entra na janela.
Assim previsivel.
Que suas mãos pesem.
Nas minhas curvas.
Deslize entre as coxas.
Percorra o corpo dispido na cama.
Volto ao lugar de inicio.
Meu quarto.
Um lugar de tamanho médio.
Porta trancada e músicas baixas.
Minha cama desforrada.
Meus mimos em cima do lençol.
O celular perto.
Devaneio.
Uma noite.
Sinto o cheiro da chuva.
Noite adentro.
Me vejo em seus braços.
Me devora.
Com olhos avassaladores.
Mãos sob meu corpo enmaranhado nos lençois.
Adormeço em volta ao braços teus.
Pele.
Devaneio com doses agudas.
Uma noite.
O frio já adentrou meu quarto,meus ossos,até o teclado do computador.
As músicas que embalam a noite se tornam densas.
A minha mente foge de mim.
Me vê perdida em êxtase.
Volupiosa.
No prazer de dois corpos.
O devaneio esfarelace.
Retorno ao quarto.
Durmir?
TALVEZ.
Tentar.


ass: Mar Santiago

Ponto de Parada

O que faço com as tuas não respostas.
Hein!
Uso as contra com você.
Com um findar definitivo do que não aconteceu.
Não tenho apelido para nomear-te.
Nem tão pouco sentimento lúcido e genuíno de fato.
Mas e aí o que faço com teu silêncio?
Engulo junto com o meu cansaço de horas.
E então te ignoro de vez.
Esqueço que foi um erro me permiti,mesmo que fosse por noites que não deveriam ter existido.
Estou severa demais.
Causando rupturas.
Com raiva.
Não sei do que exatamente.
Entende.
Ainda fica povoando na minha cabeça.
O que faço com as não palavras que não chegaram em uma mensagem de resposta.
Vou apagar seu número.
E dar fim.
Colocar a mochila nas costas e voltar a caminhar.
Enfim você não é meu ponto de parada.

ass: Mar Santiago