quinta-feira, 31 de março de 2011

Tudo

Que assim seja!
O primeiro pensamento seja o impulsionador de tudo.
Que não ocorra arrependimentos.
Que o constrangimento seja foco.
Que o perder e ganhar esteja em lugares opostos.
Que o estar só.
Seja solidão mesmo.
É dificil ser você
E ser 50% apenas.
Pois sempre necessitamos da completude.
Que o achar se perdido
Esteja reverberando ainda.
Que o meu lado desconhecido se manifeste.
Que assim seja.
Mesmo não estando mascarada, me revelo através do olhar do outro.
Que me diz tudo
E as vezes me joga no abismo.
É dificil ser você!


ass: Mar Santiago

quarta-feira, 30 de março de 2011


Quem é você?
Que rouba meu sossego,e acelera meus passos?
Ah!!!!!!!
Rádio Relógio Não!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Estações

Estações

Amanhã é um tempo, que não sei se vou ocupar ou não.
A menina de vestido presta atenção na estação de pernas cruzadas.
Observa o céu azul sendo desapropriado,pelo cinza do outono que acentua com os ventos gélidos.
Que começam a surgir.
Ei! Agora tenho duas folhas de outono,quer uma?
-Não! Responde o menino emburrado.
A menina ajeita desajeitando os óculos no rosto redondo.
Agindo de forma repetida,olha para ele e fica emburrada também.
Guarda as folhas dentro do caderno.
Pega um dente de leão e assopra em direção ao menino.
E repete algumas vezes.
Você precisa ser mais leve.


ass: Mar Santiago

terça-feira, 29 de março de 2011

Dança no Ar

Tenho vontade de gritar.... meus pensamentos e e esperar que as asas das palavras insanas alcançem a altitude dos passáros que me observam de lá de cima com olhares de gigantes...
As àrvores na mudez das calçadas.
E as folhas se desprendem com o vento.
Assim encaro o amor seu pássaro!!!
Gritou a menina de aparência desajeitada
E uma borboleta agora dança em volta dos olhos meus!
Dança e desprendem.... ganhando espaço no ar...

ass: Mar Santiago

domingo, 27 de março de 2011






Eu leve...
Levando a vida de uma forma mais calma.
É bom estar leve!!!

Sanidades

Ah se tudo fosse assim sanidade desvairada... e àgua correndo por dentro de mim.Sanidade em cores... em uma rua deserta....




(Mar Santiago)

sábado, 26 de março de 2011

Suores

Coluna...
Desenrolar,enrolar o corpo.
Desenrolar.
Externo endurecido.
Desbloqueando com as mãos.
Mãos.
Suor pinga.
Ensopa a roupa preta.
Lava o corpo inteiro.
Deixe marca no chão de madeira.
Coluna.
Animal rasteja
Precisão e dar o bote.
Pés.
O corpo exaustado.
Mais a alma alimentada.
Um corpo que chega a exaustão.
Decopar os passos,a voz, a solidão... entre um espaço e outro


ass: Mar Santiago

quinta-feira, 24 de março de 2011

Cafofo

Um acalento
Um suspiro
Um abraço
Um beijo amigo.
Café expresso,soda,biscoito,conversa fora.
Violão na porta.
Violeiro fumando.
Quintal de casa, a garoinha fina.
O cigarro acaba.
A conversa fica...
As tolices ditas.
As confissões feitas.
Um enmaranhar de cores,frutas e sabores.
Tempo agradável.
Uma roda aconchegante.
Caminhando pelas ruas.
Rindo alto e cantando.
Estação Vila Madalena!
O conforto do cafofo ficou lá na rua das àrvores imensas.
Semana que vem tem?
Cafofo semana que vem?


ass: Mar Santiago

Desligando-me

Eu sou flor
Oras bruta outrora delicada como chuva passageira de verão.
Como é bom teu abraço.
Teus olhos.
Teu jeito de olhar de falar.
Um turbilhão se forma dentro de mim.
Um vendaval no Mar.
Destrói e machuca tudo por onde passa.
Fui dar conta pela manhã.
Ligada no automático desde ontem.
Fui me desligar descendo a ruas apertadas entre médicos pacientes e eu.
Pensamentos soltos,dores muitas.
Dores por dentro.
Eu sou flor....
Mais sinto me enrijecendo cada dia mais.
Colocando-me em uma arredoma de vidro.
Pra não me machucar.
Mais machuca ainda sim.
E doe,doe muito.
Ver,sentir,tocar.
Mais agora é fato constatado.
Eu vou cuidar de mim.
Porque se eu deixar esse vento,esse temporal vai fazer mais estragos do que uma noite mal durmida.
Desligando-me do automático....
Voltando a brincar mesmo dolorida.
E me protegendo de amores futuros.
Doe muito ficar só.
Mais doe mais estar sem o moço do olhos negros.

ass:Mar Santiago

domingo, 20 de março de 2011

Eu tive medo!
Por alguns instantes tive sim medo.
De cair,perder o controle, vaidade exarcebada.
Solidão na cama gelada em pleno o inicio do outono.
Eu tive medo sim!
Da poesia rasgada das mãos sumir.
Dos poros não dilatarem mais lirismo.
Eu tive medo de admitir que sinto saudade.
Ausência pra mim; não é normal.
Eu tive medo de permanecer muda...
Calada sem voz... no peito,garganta e alma.
Eu não quero um amor mal contado.
Nem uma história meio terminada.
Mais não quero ficar só.
E sim eu tive medo.
De acordar sonhando com você e olhar do lado e não ter.
Nem sequer o cheiro de lembrança.
Eu me assustei quando percebi.
E me assustei ainda mais quando vi que não admitia o medo
Perder o controle é necessário.
E nesse momento eu!
Criatura marinha aprisionada em corpo inquieto me atirei do penhasco rumo ao Mar.
Metaforicamente falando estou perdendo o medo.
E estou me acostumando a ficar só novamente.
Como pode alguem na imensidão do Mar ser só?
Eu já achei que estava.
Ri de mim mesma.
Exageradamente como sou e sorri.
Contemplando a imensidão liquida que permeia meu corpo.
Lágrimas de saudades
Suores de felicidades
Sangue fervente que corre em minhas veias.

ass: Mar santiago

sexta-feira, 18 de março de 2011

No silêncio do quarto

Antes de colocar em um papel,decidi rabiscar as palavras no corpo.
Que é pra ver se ainda sente dor,amor ou raiva.
Anestesiada pequena?
Estou rasurando o inatingivel.
A ausência ecoa e ressoa como em uma balde vazio.
Pingo apos pingo enlouquece e explode os timpanos.
Antes de começar decidir censurar a boca.
As palavras deslizam e somem,ganham espaço talvez no ar.
A ausência agora perfura a garganta na qual sai voz.
A menina de olhos grandes,olho para o céu e agradece a garoinha que cae no rosto.
Mais porque pequena qual o motivo da alegria?
Parece que está saindo de mim.
E meus olhos estão chorando.
Antes de começar eu ....
Desculpe fiquei sem palavras para prosseguir.
A ausência me tirou as próximas rabiscadas.
Antes de terminar... eu quero repousar
O corpo...
Motivos de dor são tantos.
Antes de prosseguir vou parar e fumar um cigarro.
A fumaça toma conta da sala,do computador e da pequena.


Fim do Primeiro Ato


(No silêncio do quarto)

ass: Mar Santiago