quinta-feira, 24 de março de 2011

Desligando-me

Eu sou flor
Oras bruta outrora delicada como chuva passageira de verão.
Como é bom teu abraço.
Teus olhos.
Teu jeito de olhar de falar.
Um turbilhão se forma dentro de mim.
Um vendaval no Mar.
Destrói e machuca tudo por onde passa.
Fui dar conta pela manhã.
Ligada no automático desde ontem.
Fui me desligar descendo a ruas apertadas entre médicos pacientes e eu.
Pensamentos soltos,dores muitas.
Dores por dentro.
Eu sou flor....
Mais sinto me enrijecendo cada dia mais.
Colocando-me em uma arredoma de vidro.
Pra não me machucar.
Mais machuca ainda sim.
E doe,doe muito.
Ver,sentir,tocar.
Mais agora é fato constatado.
Eu vou cuidar de mim.
Porque se eu deixar esse vento,esse temporal vai fazer mais estragos do que uma noite mal durmida.
Desligando-me do automático....
Voltando a brincar mesmo dolorida.
E me protegendo de amores futuros.
Doe muito ficar só.
Mais doe mais estar sem o moço do olhos negros.

ass:Mar Santiago

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