E hoje teu cheiro veio.
Inconfundível perto do pescoço.
Como um beijo em forma de vento.
Penetrando nos poros, perturbando os pelos do braço .
Falando próximo ao meu ouvido.
E meus lábios querendo os teus.
Esqueci que nossos diálogos não podem ser feitos na presença de todos.
Depois que recebi uma bronca, sei que não devo mais dialogar contigo.
Essas nossas conversas de janelas que só nos sabemos o que é.
O que é olhar no teu olhar encostar um pouco e ficar bem.
Ah menino bobo.
Que hora imprópria de perceber que gosto de você.
Que hora desorientada para entender isso.
E teu jeito veio ainda mais manso e lindo de ser visto.
Como isso pode acontecer?
Da maneiras mais louca.
E imprevisível.
Ei menino Bobo.
Acho que depois de tudo que nos aconteceu já.
Esse é nosso último diálogo de janela.
ass: Mar Santiago
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