sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desejo

Que o desejo se faça vontade
Um afago um cherô
Te quero por inteira aqui
Nos lençois de alfazema
Dentro
Por dentro
Sem que se perceba
Por dentro das minhas saias
O perfume da alfazema
Das mãos geladas do ano todo
Nas costas
Na face
Nas coxas
Meu desejo corre
Escorre
Anseia e desaparece quando acorda
Ainda que desesperada no tulmuto da estação do mêtro de volta para casa
E recomeça
O anseio
O desejo
Que não matou-se
Que não aconteceu
Apenas tenho memória do tocar dos Lábios
Carnudos..
Que se faça essa vontade

ass: Mar Santiago

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