segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Nossas Conversas de Mar Santiago e Deimien Deinch

E assim começaremos
ou talvez recomeçar
das linhas das mãos
que somem e aparecem de acordo com minha idade.
Sou tão pequena e tão grande
em mesma dimensão


Nos encontramos em horario de confusão
mêtro bancos acinzentados e pessoas falando alto
Conto os dias também para vir a poetisar contigo nas linhas do trem.
Ando em passos largos até estação
Saio molhada do banho depois da arte que faz parte dos meus poros por 24 horas do dia.
da janela do meu quarto conto os segundos


Amargo e doce
pelo parar do mêtro
e o parar dos nossos relógios
entre estações escuras
mataremos a sede de poesia.
no silêncio tudo se explica.
ah música que me mandou
fiquei com vontade de te esperar na janela de casa




Poetas se confundem
no que é verdade ou que seria uma verdade mentirosa.
vivem fora de si o tempo todo.
ou grande parte dele
atriz lirica bailarina cantora
finjo coisas que não são minhas
Também minto uso mascáras
mais quero me desnudar de vez em quando
Vez em quando
Quando estivermos parado entre a via lactea e a estação.
Não queria lhe confessar
Mais sou como os passaros vivo a voar


Sou artista todos os dias
Estou impregnada de arte saindo até pelos poros
Carregos em minhas asas o amor que tenho guardado no útero
que germina poesia
Sim me aceito mulher atriz poetisa
Sim sou artista




Ou mesmo que sejam lindos.
Olhemos o mundo com olhos de criança
por mais que os devaneios adultos se confudam.
o que fizemos até agora foi expurgar palavras
para se tornarem bela ou cruéis a olhos mortais



Sejamos então livres sem gaiolas prateadas
e contas em cima da mesa
que seja por um dia que seja por noites
que seja no momento presente com a integridade
como as crianças fazem sem pensar
sejamos mortais com um corpo imortal


ass: Mar Santiago

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