quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Página 5/A saga da Imensidão do Mar de Mar Santiago

Doce...
O aroma,o encontro,o beijo.
Em meio aos caos de lama e chuva no centro de São Paulo.
Ela atrapalhada e pontual.
Ele calmo e atrasado.
Correndo para chegar na única atividade cultural na cidade inteira.
Uma terça-feira acizentada.
Palavras que se escuta no inicio da pergunta.
Esgotado!
E agora plano B?
Eles não sabem!!!
Os olhares se cruzam.
O toque cada vez mais doce e apegado.
O toque firme
O beijo mais intenso a doçura transforma-se
O corpo em delirio do ato de se descobrir
Cada vez mais, o querer estar em mesma frequência de corpos.
Cheiro,Pele,saliva se misturam.
Continuemos a andar.
Ela diz pausa; ela desastrada afunda o pé na poça de àgua.
Ele sorri.
A cidade começa a escurecer e a caminhada perpetua.
As bocas se encontram novamente.
Pausa!
A cada instante se torna mais doce e prazeroso.
As palavras estão carregadas de olhares e caricias.
Os olhos se devoram.
O ato de descobrir-se...
Continuemos.
Nos deparamos no ponto de partida.
Estação São Bento! Escuta-se do alto falante.
As pernas dela cansada de andar.
Anoiteceu.
O encontrar das bocas é interrompido pela vontade de prosseguir.
Como um livro que acabara de ganhar.
E quer ler no instante que abre.
Continuemos.
Página por página.
Toque,frenesi,gozos suprimidos; expressos apenas no olhar.
O ato de descobrir...
Caminhemos agora até página 7.


ass: Mar Santiago

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