quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Doce

Meu céu rasgado pela manhã
Forrado de estrelas ao luar
Meu corpo exala a fumaça do forno a lenha
Eu e o fogo somos um só
Eu e a Terra
Minha Gaia
Que sai do meu Ventre
Explodindo dos poros dos pés
Que penetra no meu sexo
Com terra e folhagem a dentro
E me destroi
Me invade e me renova
A àgua
Eu
Nós
Somos únicas permeamos as pedras
O sol de Fevereiro
o cheiro de mato
De gente
De bicho
De bicho homem
O barro e pedras em nossos sapatos
A estrada empoeirada fica para tras
Apenas nós em contato
Com o divino
com o desconhecido
Com o tudo.
Minha Ekuba estava gritando por Liberdade
Liberdade minha menina de olhos castanhos
Teus cabelos ao vento
Teus pés ao realento
O seus seios jogados para o céu
Foi feita para ser livre
Livre
Liberdade que palavra distante longe do Mar
Penso eu desiludida
Mais retomo o pensamento
O pequeno lago supriu minhas ondas
A temperatura degladiou com meus poros salgados de Maré
Trouxe-me o doce dos rios que me faltava
A liberdade que me faltava...
Era doce
A parte mais doce do viver
É esquecer....

ass:Mar Santiago

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