quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

É


Qual o sentindo da palavra, quando estamos em pranto?
Será como uma fruta madura, que saboreamos até ficarmos lambuzados.
Iguais as crianças peraltas, trepadas nos pés de àrvores.
Fé?
Tenho buscado ultimamente.Exerço a paciência,algo impossivel aos meus olhos.
Necessária admito quando acusam-me injustamente.
O fato de não ser igual, não ser moldada,robótica com as pessoas incomoda.
Tenho mais fé depois que choro.
Sempre sinto uma presença,acolhedora próxima ao meu colo.
Provável que seja papai, ele fazia as coxinhas mais deliciosas que uma crianaça de 5 anos já comera.
As coxinhas únicas me acalmava sempre!
Seu jeito de ser era maravilhoso...
Lembro-me em memória flash-back.
Fé ele tinha,até mesmo antes de partir.
Essa mesma crença que eu tenho.
Em coisas impercepitiveis e surreais,criei ao meus olhos terrenos e mortais que ainda tenho.
Na cor castanho são os meus!
Castanhos porém agora avermelhado.Não irão ficar assim.
Apenas por essa noite
Apenas por esse Instante.
É...
Ultimamente me entristeço em fagulhas de rapidez.
A imagem que acopla em minha mente, é de um Mar bravo em dia de ressaca.
Jorra,goza,enfurece,chora.
Apenas em instantes.
É!
Logo passa.
A imagem da espuma da maré se confunde com os retratalhos restantes da minha infância distante.
As coxinhas de meu pai,meus encantamentos no meu MAR de agora,nos doloridos dos joelhos de minha arte e nas risadas que obtenho todos os dias.
Nesse dias de Veraneio...
É
Fé?
Sim.
Eu busco.
Muitas vezes inábalavel,sem crença em religião especifica.
Acrédito que tudo passa.
Como o rio permeia as pedras.
O choro também se cala.
Não tenho mais olhos de plásticos para o mundo.
Tenho olhos de engarrafar nuvens.
NUVENS?
É!
Que se modifica, no céu azul ou cinza.
Parecem algodão doce.
Apenas parece.
Esse parecer é.
Apenas é.


ass: Mar Santiago

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