quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

MEU SER MÍTICO REAL E SURREAL GEMINIANO


EM UM INSTANTE MAIS QUE FUGAZ
ME APARECE...
COM OS OLHOS MAIS TRANSPARENTES QUE JÁ IMAGINEI
SUA DOÇURA INCONFUNDIVEL
ME DIZIAM NO INICIO:
"IRÃO CHEGAR RÁPIDO A CRISE DOS 5 ANOS"
EU RIA
EU RIO AINDA
JÁ ESTAMOS NO 5º ANO DE COMPREENSÃO UM AO OUTRO
NÃO ESPERO MAIS NADA ABSURDO
APENAS VIVO AO SEU LADO
NA VIDA,NO PALCO
DENTRO
FORA
EM NOSSO QUADRO DE TINTA OLÈO,,
EM NOSSAS BRIGAS QUE NÃO EXISTEM
NOSSOS COLOS QUENTES SEMPRE UM AO OUTRO
UM PARA O OUTRO
MEUS CAIS
ME PORTO
QUANDO ME REBELO, COM ONDAS IMENSAS PARA ASSUSTAR OS MARINHEIROS
OS NAVEGADORES QUE SE DIZEM CORAJOSOS
DEPOIS DE ME VER EM TEMPESTADE NUNCA MAIS RETORNAM PARA O MAR
NUNCA MAIS VOLTAM A MIM
QUANDO CANSO DE BUSCA-LOS COM ONDAS IMENSAS
VOLTO A TI
AO TEU REPOUSO
O TEU ACONCHEGO
O TEU CHEIRO QUE ACREDITO
É INCONFUNDIVEL 5 ANOS SE PASSAM
E NOSSOS OLHARES DE CURIOSIDADES
SE TRANSFORMAM MAIS MADUROS
MAIS FÉBRIS
COM MAIS SEDE
MAIS SAGAZ
MEU MENINO
MEU DOCE MENINO DE OLHAR CURIOSO
ENTRE NUVENS
SEU SOL É DUPLO
DUPLAMENTE ENCANTADOR
DUAS CRIANÇAS EM MEIO FIO
BRINCAM NUAS... SEM SE PERCEBER
SEM PERCEBEREM QUE ESTÃO NUAS
A PARTIR DESSE SOL REVELO
SUA INOCÊNCIA
SUA
NOSSA DEDICAÇÃO UM AO OUTRO
NÃO NOS PERDEREMOS NUNCA
ESTAMOS ENTRELAÇADOS
UM AO OUTRO
E QUE VENHA AS DÉCADAS
QUE PASSEM AS TEMPESTADE
QUE MEU MAR ENTRE EM RESSACA
QUE EU ESBRAVEJE
VOLTAREI PRO TEU DUO COLO
DE CRIANÇAS NUAS NA SIMBOLOGIA
NUA E CLARA COMO CÉU DEPOIS DA TEMPESTADE DEVASTADORA É TUA ALMA
MEU DUO
MINHA DUALIDADE
INTEIRA É!
EM TEUS CAIS.


ASS:MAR SANTIAGO

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Grito

Num grito de socorro me procurou
Estranhei pois sempre estava feliz.
Naquele dia tão igual aos outros, estava diferente;
Apresentava algo no olhar
Um certo distanciamento de mim
Improvavel?Pensei alto, de súbito..
Nos falamos ontem!Retratando ficamos nos pertubando com nossas escritas madrugada à dentro
Nossas mensagens me fizeram sonhar contigo
Nossas frases
Nosso pertencimento tão nobre e sútil, sobre a obra de Saint Exupery
O ato de nos cativarmos era tão PRIMAVERIL
Tinha e tintas, flores em nossos jardins
Amava escutar isso de seus lábios
Necessitava disso!
Necessitavamos
Desejavamos estar perto
Sempre!
O mais perto até não suportar,as nossas temperaturas
As cobranças surgem
Começam a surgir
A cobrança de estar perto
A ausência necessária:a minha
A dor ainda me rasgava;Rasga.
Por dentro
Por fora.
O que acontece? Eu desnorteada pergunto
-Nada! É mesmo desequilibra,honra teu sol não é!
De nada entendo das palavras frias que fala a mim
Em um grito de socorro continuo a te ouvir
Será o seu outro eu?
Me respondia cada vez mais enpalidecida e distante:
-De nada me recordo,se era humana,amante,amiga,se era sua.
No ato de desespero gritei :
"Você minha doce raposa cativante de Saint Exupery,era apenas você, assim simples
Simples amar assim
Simples foi amar você
No meu desespero fébril de menina gritos e esbravejos
Ela na sua calma me olha e diz:
-Está se confundido! Os seus gritos com os meus.
-Não gritei.Não chamei teu nome.
Nós nos perdemos uma da outra
Nós nos encontramos uma na outra
Mais não iremos pesistir uma na outra
Eu ainda convencida de que tudo voltaria ao normal falo:
Sim continuaremos sim...
"Enquanto eu escutar os gritos
Os gritos
Os seus gritos
Seus gritos!"
- Ela com olhos mais frios que a vi,em seu rosto alvo...me disse:
-"Vai enlouquecer,pois não vou insistir em algo que não se tem"
Num grito de socorro e abafado
Eu gritei alto....
A....


ass:Mar Santiago

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Prece

Tudo vai dar certo
Minha avó sempre dizia fé em alguma coisa
Em qualquer coisa que veja
Seja em folhas,borboletas,feijões acredite
As palavras dela vem ao meu ouvido como um sopro
Ainda doloridas pela perda
Ainda vivas pela devoção
A prece que eu fazia quando criança:
"Não me deixe crescer com olhos de bonecas
Elas não choram,elas nao acreditam no impossivel"
Mesmo que pareça impossivel vou tentar ao máximo
Vou respirar, contar até 10,
Até 50, se necessário for
Lembrar de minha vó
Da paciência e de seus olhos que penetravam como aguas cortantes de veraneio
Me dizia: Se afaste das bonecas de plásticos.E olhe...
Pro céu pedindo benças ao deuses.
Para que as coisas deêm certo.
Me ajoelhar com olhos de menina sapeca que acabara de devorar o doce
inteiro que mamãe comprou na venda.
Ouço as palavras em um espaço de tempo surreal:
"Diacho de menina
Pare de aprontar...
Mar
Mar..
Aqui..
o que olha tanto pro céu?
Esperando o impossivel
O impossivel?"
É minha mãe, o impossivel é ter paciência
Ter paciÊncia...
E esperar com olhos atentos de criança
As vezes é necessário..
Nada Mais


ass: Mar Santiago

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Corpos

Seu corpo por cima do meu.
Adormeço
Sinal de estar entregue ao momento presente
Sua temperatura sob a minha
Me perco no seu suor,em cada gota de saliva
Invasão
Entorpeço e mergulho em imagens sensações
da sua boca percorrendo meu sexo.
Cada contorno detalhe,sua musculatura faz parte da minha.
Gota a gota de suor,mistura-se com gemidos e frenesi..

Mergulhados em extase.Em delirio contínuo de invasões profundas.
Ficamos submersos a àguas escuras!
Meu corpo por baixo do seu
Estremece
O contorno do corpo é desenhado pelos dedos.
Seus dedos.
Minha boca devora seu sexo, parado,viril
Me delicio com todos os movimentos.
O gozo agora fica evidente
O coito foi iniciado,cada vez mais marcas profundas ficaramdemarcadas em nós
Nosso corpos
Dois corpos!
Nús!
Se contermplam,se enfrentam e finalmente

Se entregam!


ass: Mar Santiago

Instalação

"Hoje eu acordei achando que ia morrer....."
No decorrer do dia, me dei conta, que eu me mato todos os dias.
Quando acordei..Senti.
Um aperto no peito que chega doer.
Uma culpa de ser como sou.
Me senti suja (agressiva)
Impura
Senti nojo de mim mesma
Me levantei... E
Tentei me lavar...
Pra ver se essa sensação
Sensação de nojo
Nojo!
Vê se passava
A água parecia não limpar.
Me esfreguei tanto.. Que
Quase que arranco a pele.
Quase.
O cheiro de cigarro da noite passada, ainda está impregnado em mim.
O gosto ainda me....
Ainda me causa nojo, enjôo, desespero
Mais não era só o cigarro.
Era a lembrança que ele me remetia...
Da noite passada.
Quase nem lembro.
Não lembro. Me vem flash de alguém...
Como?Quem?Quem me fez senti isso?
Que vontade de morrer tive
Pois esse nojo...
Não passa...
Não quer passar
Só aumenta.
Não sei por quê?
Não sei quem é?
E não sei por que esse alguém me causa repulsa.
Nem lembro do rosto...
Tenho medo de estar enlouquecendo.
Tenho medo...
De dormir....
E não acordar.. Mais com sensação alguma
De me anestesiar como todos.
E viver uma vida medíocre
Pelo menos assim enojada me sinto viva.
Sinto prazer nas coisas que faço
Me arrisco sempre. Me arrependendo na mesma intensidade
Pois não tenho medo de perder e nem de errar.
Perder?Não.. não perco nunca
Sinto dó dessas pessoas com a vida anestesiada
Meus pais viveram assim
Mais eu... Não
Por isso acordei
Meio que de susto no meio da noite.
Adormeci?
Acho que ainda nem acordei.
Senti medo por um instante de refazer o mesmo percurso que meus pais.
Coisa louca.
Acho que ainda nem acordei.
Antes que me esqueça
E perdas de memorias anda acontecendo muito.
Prazer meu nome é Margarida



Fim da Instalação

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Resposta Deimien Deinch

Deimien Deinch

O Tic Tac fanático de mostrar
Que as horas passam como um vulto
E que sombras são paisagens esquecidas
Tudo aqui pega fogo
Tão profundamente
Queimo-me: Ensurdeço
meu corpo não existe, sou apenas membro
não não estou enlouquecendo
meus ouvidos fumam
eu com a boca ouço
meus olhos me transporta
sou uma barcada próximo ao big bang
não sou recebido com aplausos,
sou recebido com todos os sentimentos
do mundo, oco.
sou apenas o sentido que exala meus póros
não tenho sentido algum,
estou ébrio
Bebo paulatinamente cada pedaço de alma, cada nervo de meu corpo,
não sei por que fui tao longe em palavras,
tenho aqui ao meu lado anais nin, nelson rodrigues, no fundo:
odeio esse tipo de literatura
não quero mais as putinas, quero as mulheres de minha familia,
foderia-as, depois me jogaria num trago do abismo,
seria condenado por Deus, nao quero mais o cristianismo sou ateu até mesmo do meu eu alcoolico
e das bucetas q comi
sou simplesmente olhos,
nao posso tira-los
dentro deles bate um olho pequeno e cego
uns chamam de coração eu o chamo de :
Captador de desgraças
Pois, quando o entregamos
lagrimas rolam
talvez eu seja parte da chuva
talvez eu seja o deu que manda a chuva
talvez eu sou a gota
talvez eu seja a folha que ira receber a chuva...
talvez eu sinta tudo como nunca e nao consiga descrever

Conversas Mar Santiago

Mar Santiago

Ensurdecida.. por palavras que ecoam em ouvido mudo.
Estou...
Entorpecida pelo soar do relógio
Irrita-me profundamente
A cabeça ainda pesa.. sobre o pescoço
Uma noite pessimamente mal durmida...
A comida entala na garganta
Acendo um cigarro atras do outro como
Compensação...
De que ?
Onde?
Estou enlouquecendo
o tic tac.... frenético agora rompe meus timpanos
Doem!
ao suicidio interno pra esquecer quem sou
Não quero ajuda, conselhos..
Essas mesquinharias humanas não me pegam mais...
Larguem meu copo de vodka, peço ao dono do bar.
Vou beber mais....
Vou beber até nao me aguentar.. em pé
Meu corpo ja não sente mais; quando desaba no chão frio e imundo das calçadas....
Ele ja esta acostumado com tal recepção... das ruas...
embriago-me em palavras.... sujas e deturpadas...como as de Alvares de Azevedo... que simplesmente... amargam o céu da minha boca.. só de pronunciar....

Oco... é meu corpo..agora
me sintoo seduzidoo... pela realidade.. tão proxima
as putas dos livros, vejo-as nas calçadas... a historia de nelson às vezes são as minhas..
odeio as,odeio me sentir vivo
sou cético
anti tudo
Anti... as mulheres que amei..
as mulheres que dormi...
que devanei... junto ao colo...
aos seios... e que neles esqueci da minha vontade de morrer por segundos....
desisti....
de tudo..
nao quero nada que me lembre....de momentos
de euforia
até as fodas... com minhas primas era boas
acabavam em doses e goladas de vinhoo....
Não queroo que ninguem veja minha desgraça...
Não quero ter olhos...
eles ensopam minha camisa, igual quando eu era.. criança...
que morria de medo de me sentir... só....
as lagrimas trazem lembranças da infância das tardes chuvosas na casa da vovó
que eu via o tempo escurecer..
ventar e destruir tudo que tinha pela frente..
eu tinha .. olhos fébris aos 17 anos...
tenho olhos amargos.... no momento...
ainda... os tenhos....
mais sinto cheiro de chuva igual aos da casa da vovó...
sinto-me estranho...
talvez....?
Eu ainda me sinto tudo e nada na mesma proporção...
eu não aguento mais escrever
a minha vida passa... diante dos olhos..
com uma rapidez que chega a assustar..
o tic e tac... do relogio fanatico freneticoo volta
Parem!!!
Parem!!
Eu quero mais vodka...
Eu quero as chuvas da casa de meus avós...
Eu quero as putas
quero as mulheres de minha familia
quero as fodas....
quero a menina... que me encantou aos 7 anos..
Eu...
desejo tanto que não consigo escutar mais nada

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Carta ao meu Marinheiro


Compus a você a mais bela canção de amor de frente ao Mar,na escuridão me debrucei e olhei com os olhos mais limpidos que vi no reflexo da àgua.
Sentei-me, e apenas contemplei o barulho divino e a escuridão.
As ondas viam de encontro com a surrealidade da areia.Eu sentada comtemplava a natureza.
Meus ouvidos escultavam apenas o bater das ondas uma na outra,
Entorpecente!
A areia se mistura com a àgua salgada,é um ato sexual.
Assexuado diria.
Entorpecente e enlouquece os marinheiros.
Meu marinheiro derradeiro
Entorpece,vibra de alegria ao ver o Mar
Tocando a areia é seu salivar,o enconstar no principio de areia, é o gozo doce.
Acredoce o encontro,sal que se suga na ponta da lingua da areia.
Observo ao horizonte de longe;Nada.
Observo o de perto;Apenas o mar
Aqui; Eu.
ass:Mar Santiago

A antitese da palavra adormecida

Minhas palavras emudeceram
A tinta que espalhara secou
Estou com medo de não sair mais nada...
De permancer muda ao mundo
Alheia ao todo
A antitese da palavra adormecida
Paradoxo?
Antitese?
Sendo construindo ao meio do nada.
Ao encontro de tudo
Alheio a tudo no mundo adormecido monotomo civil
Na cidade 3x4 de uma metropole com olhos cinzas de poeira e trabalho
Vejo-me nesse instante
Nesse vies... invisivel das palavras que corrompem a minha boca
Que grita e geme.
Que canta...
Emana... frenesi com a escrita na folha parda, encontrada nas ruas sujas de São Paulo
Ando descalça pela mesma.
Molhada de chuva
Tombada pelos temporais de Janeiro que nos assusta,todos os dias em qual acordo.
Anestesiada pelo barulho.
Boca...
Volto a antitese
A oposição de tudo
Estou oposta em mim nesse instante
Não sei.
Se envelheço ou se estou em tristeza adormecida
Se em alegria ou fé em alguma coisa
Volto a antitese
Da palavra Adormecida
Dos meus dedos.. adormecidos
Receio não mais acordar

ass:Mar Santiago