quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Conversas Mar Santiago

Mar Santiago

Ensurdecida.. por palavras que ecoam em ouvido mudo.
Estou...
Entorpecida pelo soar do relógio
Irrita-me profundamente
A cabeça ainda pesa.. sobre o pescoço
Uma noite pessimamente mal durmida...
A comida entala na garganta
Acendo um cigarro atras do outro como
Compensação...
De que ?
Onde?
Estou enlouquecendo
o tic tac.... frenético agora rompe meus timpanos
Doem!
ao suicidio interno pra esquecer quem sou
Não quero ajuda, conselhos..
Essas mesquinharias humanas não me pegam mais...
Larguem meu copo de vodka, peço ao dono do bar.
Vou beber mais....
Vou beber até nao me aguentar.. em pé
Meu corpo ja não sente mais; quando desaba no chão frio e imundo das calçadas....
Ele ja esta acostumado com tal recepção... das ruas...
embriago-me em palavras.... sujas e deturpadas...como as de Alvares de Azevedo... que simplesmente... amargam o céu da minha boca.. só de pronunciar....

Oco... é meu corpo..agora
me sintoo seduzidoo... pela realidade.. tão proxima
as putas dos livros, vejo-as nas calçadas... a historia de nelson às vezes são as minhas..
odeio as,odeio me sentir vivo
sou cético
anti tudo
Anti... as mulheres que amei..
as mulheres que dormi...
que devanei... junto ao colo...
aos seios... e que neles esqueci da minha vontade de morrer por segundos....
desisti....
de tudo..
nao quero nada que me lembre....de momentos
de euforia
até as fodas... com minhas primas era boas
acabavam em doses e goladas de vinhoo....
Não queroo que ninguem veja minha desgraça...
Não quero ter olhos...
eles ensopam minha camisa, igual quando eu era.. criança...
que morria de medo de me sentir... só....
as lagrimas trazem lembranças da infância das tardes chuvosas na casa da vovó
que eu via o tempo escurecer..
ventar e destruir tudo que tinha pela frente..
eu tinha .. olhos fébris aos 17 anos...
tenho olhos amargos.... no momento...
ainda... os tenhos....
mais sinto cheiro de chuva igual aos da casa da vovó...
sinto-me estranho...
talvez....?
Eu ainda me sinto tudo e nada na mesma proporção...
eu não aguento mais escrever
a minha vida passa... diante dos olhos..
com uma rapidez que chega a assustar..
o tic e tac... do relogio fanatico freneticoo volta
Parem!!!
Parem!!
Eu quero mais vodka...
Eu quero as chuvas da casa de meus avós...
Eu quero as putas
quero as mulheres de minha familia
quero as fodas....
quero a menina... que me encantou aos 7 anos..
Eu...
desejo tanto que não consigo escutar mais nada

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